Nesta segunda (24) a equipe de fiscalização do trânsito de produtos agropecuários da Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) constatou o transporte irregular de galos e galinhas domésticas no posto fixo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR 020.
A ação foi demandada pela PRF, que verificou a presença de aves escondidas em um veículo de passeio abordado pelos policiais na rodovia e imediatamente acionou a Seagri-DF para apuração do caso. No local, os servidores da Secretaria da Agricultura realizaram a conferência da guia de trânsito animal (GTA) apresentada pelo transportador e identificaram tratar-se de um documento fraudado, não emitido por órgão de defesa agropecuária.
A GTA é obrigatória para o transporte de aves e ovos férteis. “O documento é utilizado pelo serviço de defesa agropecuária para dar rastreabilidade no transporte dos animais, comprovando a origem e o destino da carga, possibilitando mapear possíveis eventos sanitários”, explica a gerente de Fiscalização do Trânsito de Produtos Agropecuários da Seagri-DF. “Quando animais são transportados sem a documentação sanitária, coloca-se em risco o rebanho do Distrito Federal, assim como a economia e, em muitas situações, a saúde das pessoas”.
A subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri-DF, Danielle Araújo, ressalta que o caso apresenta grande relevância no contexto atual, de adoção de um conjunto de medidas locais e nacionais para prevenir a entrada da influenza aviária no Brasil. “O transporte irregular de aves representa um elevado risco sanitário neste momento. Por isso, a ação da Secretaria da Agricultura, em parceria com outros órgãos, é fundamental para evitar que a gripe aviária atinja nosso território”, destaca Danielle Araújo. “Quando presente, a doença implica em barreiras sanitárias para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo, ocasionando um enorme prejuízo econômico para a avicultura comercial do país”, conclui.
A influenza aviária é uma doença grave, de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal. É importante que o produtor rural e todo cidadão saiba identificar animais que possam estar acometidos pela doença. Os principais sinais clínicos em aves domésticas são: inchaço nas juntas das pernas, crista e barbela, que podem ficar arroxeados; falta de coordenação motora; diarreia, desidratação, tosse, espirros e queda de produção. Os animais também podem morrer rapidamente sem desenvolver qualquer sinal da doença. Nesses casos, é comum que vários animais do plantel morram em um curto período.
Pela impossibilidade de caracterizar a origem dos animais e pelo risco sanitário envolvido na operação realizada na BR 020, foi realizada a apreensão das aves, sacrifício sanitário e posterior destruição em uma ação conjunta entre a Gerência de Fiscalização do Trânsito de Produtos Agropecuários (GEFIT) e Gerência de Saúde Animal (GESAN). “O caso também foi encaminhado para a 16ª Delegacia de Polícia, para apuração da falsificação de documentação sanitária, e feitos os encaminhamentos administrativos ao Instituto Brasília Ambiental, para apuração de inadequação do transporte de animais, e aos órgãos de defesa sanitária animal envolvidos na fraude da GTA”, informa a gerente da Seagri-DF.
Caso o produtor ou qualquer cidadão tenha conhecimento do transporte irregular de animais e produtos de origem animal no Distrito Federal, pode fazer a denúncia por meio da Ouvidoria do GDF ou diretamente à Seagri-DF utilizando os seguintes canais: (61) 98199-1039/ 3468 8481/ gefit@seagri.df.gov.br
Confira aqui mais informações sobre cadastro e regras para emissão de GTA.
Texto e imagens: Ascom Seagri-DF